As farsas da teoria do aquecimento global: o terrorismo climático do IPCC. Leia o que disse o doutor Molion, especialista em clima, publicado no jornal Folha de São Paulo.

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O jornal Folha de São Paulo, publicou, na sua versão online de 4 de outubro de 2013, afirmações daquele que é respeitado mundialmente quando o assunto é clima, o doutor Molion, a quem o portal O Tempo já se referiu no seu artigo Preparem os Agasalhos! O Resfriamento Global está só começando!
Ele diz que o IPCC já nasceu errado, quando foi criado, em 1988, pois objetivo era de provar que o homem é responsável pelo aquecimento global, quando deveria trabalhar para entender as causas da variação climática.
Leia, na íntegra, o que ele escreveu.

O propósito de uma ciência física como a do clima é descrever a natureza e entender os processos físicos que a governam. No lançamento do novo SPM (Sumário para os Formuladores de Políticas Públicas), o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática) demonstrou não seguir esse princípio.

O IPCC já nasceu errado. Foi criado, em 1988, com o objetivo de provar que o homem influencia o clima, e não o de entender as causas naturais de sua variabilidade.

O SPM usa linguagem obscura, difícil até para os seus destinatários, os formuladores de políticas. E é omisso em aspectos fundamentais, como a sensibilidade climática (SCE), que relaciona o aumento esperado da temperatura global à variação da concentração de dióxido de carbono atmosférico.

A nota de rodapé 16 (pág. 11) do sumário afirma que “a SCE não pode ser dada agora devido à falta de concordância de seus valores…”. O que é falta de concordância em processo físicos naturais?

Os autores parecem confessar que não sabem qual fração do aquecimento observado deve ser atribuída ao homem nem quanto o clima se aquecerá com o aumento de dióxido de carbono.

No entanto, afirmam que mais da metade do aquecimento entre 1951 e 2010 foi causada pelo homem. Afirmam que o principal controlador do aquecimento é a emissão total de dióxido de carbono e que as simulações mostram uma tendência na temperatura média global que concorda com a tendência observada (95% de certeza).

Com tais afirmações, torna-se embaraçoso explicar o atual “hiato” climático, porque a temperatura global se manteve estável nos últimos 16 anos, embora o dióxido de carbono tenha aumentado 8% e os modelos tenham projetado aumentos superiores a 1°C. As explicações são vagas, sem evidências científicas.

A redução da tendência de aquecimento observada entre 1998 e 2012, afirmam os pesquisadores, pode ser causada pela variabilidade interna do clima, que inclui redistribuição de calor nos oceanos, e pela redução do “forçamento radiativo”, gerado por erupções vulcânicas e pelo decréscimo da atividade solar. Ora, é óbvio que o clima é naturalmente variável e incerto. Erupções vulcânicas são, apenas, uma das causas.

O IPCC confunde o leitor quando afirma que existe 95% de certeza de que mudanças na radiância solar total não contribuíram para o aquecimento global, mas que a variabilidade do ciclo solar de 11 anos influencia as flutuações climáticas decadais, em algumas regiões. A causa pode ser, também, “a contribuição de forçamentos inadequados e, em alguns modelos, uma superestimativa de resposta ao aumento de gases de efeito-estufa e outras forçantes antropogênicas” (?).

Um dos temas do terrorismo climático continua a ser o nível do mar, que aumentou 19 centímetros nos últimos 110 anos e deverá subir mais 98 em 2100. As previsões catastróficas do IPCC são baseadas em resultados de modelos que nunca foram validados, ou seja, não conseguem reproduzir o clima passado.

Existem dados confiáveis desde 1880 e, se os modelos reproduzirem o clima entre aquele ano e o presente, se terá mais confiança no que estão prevendo para o futuro. Essa tentativa foi feita pelo Instituto Goddard para Estudos Espaciais (Giss/Nasa), em 2006, que produziu um elenco de erros básicos. Para citar um, apenas, ao simular o clima da Amazônia, o modelo colocou 20% de redução de chuva a menos do que o observado no período 1880-2003.

O IPCC, na realidade, não faz “previsões”, e, sim, projeções usando cenários de emissões futuras que são fictícios, fruto da imaginação do pesquisador, e, possivelmente, não se concretizarão. Baseado em cenários fictícios, utiliza modelos que não representam os processos físicos que governam o clima adequadamente. Qual é sua contribuição na formulação de políticas públicas que beneficiem a sociedade?

LUIZ CARLOS BALDICERO MOLION, 67, doutor em meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA), é professor da Universidade Federal de Alagoas.

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