INCOERÊNCIA: Relatório do INPE desta terça-feira aponta o Acre como campeão nacional em número de focos de queimadas nas últimas 48 horas, no entanto, a fumaça que pairava ultimamente, em Rio Branco, praticamente, desapareceu devido aos ventos que passaram a soprar do interior do estado. Onde está o erro?
set 02
11h 50min
Basta os ventos soprarem do interior do Acre e do Amazonas que o céu fica praticamente limpo em Rio Branco. Isso só comprova que a maior parte da fumaça que invade o estado é originária das queimadas que ocorrem na Bolívia.
No entanto, o relatório de focos de incêndio das últimas 48 horas, feito pelo INPE (Instituro Nacional de Pesquisas Espaciais), cujo fechamento ocorreu às 11h 30min desta terça-feira, 2 de setembro, aponta o Acre com o maior número de focos de queimadas dentre todos os estados brasileiros. São, segundo esse relatório, 249 focos registrados nas últimas 48 horas, seguido pelo Piauí, com 147 ocorrências, e a Bahia, com 122. Rondônia registrou 97 focos e Mato Grosso, 35.
Então, como se explica que o céu, na capital acreana, desde esta segunda-feira, primeiro de setembro, e, principalmente, hoje, terça-feira, dia 2, está praticamente limpo, sem fumaça?
A explicação está na direção dos ventos. Quando eles sopram de sudeste, ou seja, da Bolívia, trazem a fumaça para o Acre. Nos últimos dois dias, entretanto, mudaram de direção e passaram a soprar de noroeste, com variações do norte e de oeste, ou seja, do interior do Acre e do Amazonas. Assim, o céu, em Rio Branco, apresenta-se limpo, com um mínimo de poluição.
Mas como isso pode acontecer se o relatório do INPE está apontando o Acre, nos últimos dois dias, com o maior número de queimadas de todo o Brasil? Onde está o erro?
Confira, em ordem decrescente, os 11 estados com maior número de queimadas, nesta terça-feira, 2 de setembro, segundo o INPE:
1º – Acre, com 249 focos;
2º – Piauí, com 147;
3º – Bahia, com 122;
4º – Maranhão, com 121;
5º – Rondônia, com 97;
6º – Amazonas, com 89;
7º – São Paulo, com 86;
8º – Minas Gerais, com 67;
9º – Tocantins, com 56;
10º- Pará, com 53;
11º- Mato Grosso, com 35 focos.