Recordes de vento, chuva e temperatura em poucos dias no Acre

Vários recordes em pouco tempo, porém, dentro da normalidade

      Nos últimos dias, ocorreram vários recordes meteorológicos em Rio Branco e no Acre, mas tudo dentro da normalidade, pois, no passado os registros nos mostram que tais fenômenos ocorrem periodicamente. É só consultar os arquivos oficiais para comprovar que as variações extremas ocorrem com frequência em qualquer lugar.

      O mês de dezembro, mal começou, e, em Rio Branco, ocorreu recorde de chuvas mais intensas num período de 24 horas, com acumulo de 140,8mm, no dia 2. No entanto, no dia 12 de dezembro de 1987, foram registrados, na capital acreana, em 24 horas, 135,2mm, ou seja, praticamente, o mesmo volume pluviométrico do último dia 2.

      Assim, nos primeiros cinco dias do mês, já choveu 177,6mm, ou seja, mais da metade da média de dezembro, que é 262,7mm.

      Os ventos que atingiram Rio Branco, na última segunda-feira, dia 5, chegaram a 55,6km/h, conforme registro feito pela estação meteorológica do aeroporto (REDEMET). Antes, no dia 2, no Parque Estadual do Chandless, a estação meteorológica registrou recorde do ano de maior velocidade de 2022, até o momento, com 70,6km/h.

      Quanto às temperaturas, na segunda-feira, dia 5, foi registrada temperatura de 19,2ºC, no Parque Estadual do Chandless, e, em Rio Branco, no dia 2, a maior temperatura do dia não passou de 24ºC, sendo, naquele dia, a capital mais fria do Brasil.

      Em novembro deste ano, a capital acreana registrou temperatura de 13,6ºC, o que não é comum, para este mês, porém, antes, no ano de 1999, foi registrada a mesma temperatura em Rio Branco.

      Em dezembro, já foram registrados 13ºC, entre 1961 e 1990, na capital do Acre. Portanto, se ocorrer novamente um registro de frio neste mês, não será novidade.

      No geral, desde que começaram os registros oficiais, a década mais quente, foi entre 1920 e 1935, no Brasil e no mundo, como bem relataram jornais da época, já mostrados por nós em artigos anteriores, cujas maiores temperaturas ainda não foram superadas.

      Assim, não é motivo para alarmes ou pensar que o clima está mudando. Basta consultar os arquivos meteorológicos. A diferença está nos meios de comunicação, que, hoje, são rápidos ou quase instantâneos, facilitando a informação, além de um número muitíssimo maior de estações meteorológicas, que registram tais fenômenos meteorológicos.