Inverno frio e seco são as perspectivas para 2018 no Acre e nas demais áreas do sul da Amazônia Ocidental

abr 19

INTENSAS ONDAS DE FRIO POLAR

Analisando o atual comportamento da atmosfera na América do Sul e na Antártica e a temperatura dos oceanos Atlântico e Pacífico, assim como a baixa atividade solar – a menor das últimas décadas -, as perspectivas, segundo O Tempo Aqui, são de que o inverno de 2018 será bastante frio no sul da Amazônia Ocidental, assim como no Centro-Oeste brasileiro.
O planeta já vem enfrentando, nos últimos anos, temperaturas baixas recordes em todos os continentes, o que é um processo natural e que ocorre, em média, a cada 60 anos. Não foram poucas as notícias de inverno mais frio dos últimos 70 anos, na Europa, na América do Norte e na Ásia.
Neste inverno de 2018, entre os meses de maio e agosto, será altamente provável a formação de poderosas ondas de frio polar, cujas penetrações pelo vales do interior da América do Sul, provocarão quedas acentuadas das temperaturas, principalmente no Acre, no sul e oeste de Rondônia, no sul e oeste do Amazonas e na região do Pantanal Mato-grossense, além, evidentemente, das planícies da Bolívia e do sudeste do Peru.
É bom lembrar, com exemplos, que, no ano de 1995, segundo os registros oficiais do Instituto Nacional de Meteorologia, foi registrada, em Rio Branco, temperatura de apenas 2,6ºC. No ano de 1975, a temperatura mínima foi de 5,9ºC, enquanto, mais recentemente, nos dias 23 e 24 de julho de 2013, os termômetros, na capital acreana, marcaram valores inferiores a 9ºC. Esta último poderosa onda de frio que atingiu o Acre, é o sinal de que as temperaturas baixas do inverno estão voltando, também, na Amazônia.
Um longo período de frio intenso na Terra está só começando. Antes fosse o calor, pois as temperaturas baixas causam doenças e declínio da produção de alimentos, como os registrados pela história da humanidade. Os meteorologistas e outros cientistas de renomados institutos do Brasil e do mundo estão chamando da pequena era do gelo, cujo auge deve ocorrer entre 2025 e 2035.

 

INVERNO PODERÁ SER MUITO SECO

Embora as águas do oceano Atlântico Norte, responsáveis pelas chuvas na Amazônia, estejam com temperaturas acima da média, provocando, por isso, uma aumento considerável na umidade do ar e, consequentemente, num volume maior de chuvas, como se tem presenciado ultimamente no Nordeste do Brasil e no Pará, a perspectiva é de que, no Acre e nas proximidades – Rondônia, centro, sul e oeste do Amazonas, Mato Grosso, Bolívia e região de selva do Peru -, as chuvas fiquem situadas abaixo da média.
O motivo desta aparente contradição é que, segundo nossas análises, o fator responsável pela diminuição das chuvas nesta parte do Brasil serão as massas de ar polar, as quais, sendo frias e secas, deverão penetrar com força neste inverno de 2018 e, portanto, provocando muitas friagens na região. Assim, quase toda a umidade do ar que está sobre a região será deslocada para o norte do Amazonas, assim como para Roraima e para o sul da Venezuela e da Colômbia.
O resultado será a ocorrência de períodos muito secos na região, com umidades relativas do ar podendo ficar abaixo de 20% por vários dias consecutivos, como consequência de poderosas massas de ar seco que deverão dominar o sul da Amazônia.
À medida que o inverno ficar mais próximo, O Tempo Aqui informará com mais precisão a tendência do tempo para esta estação do ano, cujo início oficial ocorrerá no dia 21 de junho, quando o Sol estará na sua máxima inclinação em relação ao hemisfério sul.

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