Rio Acre, em Rio Branco, começa a baixar, após ter passado 20 centímetros da cota de alerta. Rio Madeira não oferece perigo, pois chuvas serão normais ou até abaixo da média na Bolívia.

jan 13

SEM PERIGO IMINENTE

Na última sexta-feira (12/1/2018), por volta das 3 horas da tarde, o nível do rio Acre, na capital acreana, havia atingido a cota de alerta que é de 13,50 metros. Como O Tempo Aqui informou, o nível do rio começaria a baixar a partir deste sábado (13/1/2018), após ter passado um pouco da cota de alerta.
Neste sábado (13/1/2018), por volta das 3 horas da tarde, seu nível atingiu o maior valor deste verão, até agora, alcançando a cota de 13,69 metros, ou seja, 19 centímetros acima da marca de alerta de Rio Branco.
A partir de agora, seu nível começará a diminuir, sem perigo de transbordamento nos próximos 10 dias, ou seja, até por volta do dia 23 de janeiro.
No entanto, voltará a subir na próxima semana, tendo em vista que chuvas volumosas voltarão a ocorrer, no centro, no leste e no sul do Acre, a partir deste domingo e durante a maioria dos próximos dias desta semana que está iniciando. É quase certo que, ainda neste mês de janeiro, o rio Acre, alcance a cota de transbordamento, que é de 14,00 metros em Rio Branco, e provoque inundações em alguns bairros, não se descartando a possibilidade de que passe de 15 metros.
A causa de tanta chuva nos próximos dias são a chegada de mais uma frente fria, no começo desta semana, e a incursão de muita umidade originária do oceano Atlântico Norte. Assim, as frequentes frentes frias, que têm avançado na direção do sul da Amazônia Ocidental, são a principal causa da formação de nuvens carregadas que se transformam rapidamente em chuvas volumosas. É bom lembrar que frente fria não é frio nem friagem.
Portanto, é bom ficar atento, pois, a qualquer momento, neste verão, o nível da maioria dos rios da região, deverá subir rápida e acentuadamente, podendo provocar inundações de proporções alarmantes.

RIO MADEIRA NÃO OFERECE PERIGO

As mesmas frentes frias, que provocam chuvas intensa no Acre, em Rondônia, no Amazonas e no Peru, são a causa da diminuição das chuvas sobre a Bolívia e, por isso, o rio Madeira não terá elevação alarmante neste verão.
Acontece que, na retaguarda destas frentes frias, desloca-se uma parcela de ar polar, que tem menos umidade do que aquele ar que vem do oceano Atlântico.
Esse ar menos úmido avança até o centro da Bolívia, onde ficam os maiores afluentes do rio Madeira. Assim, este ar mais seco serve de barreira à penetração do ar úmido que vem do Atlântico Norte, o qual fica retido no norte boliviano e, principalmente, sobre o Acre, Rondônia, sul e sudoeste do Amazonas e leste e sudeste do Peru, provocando chuvas intensas nestas áreas.
Então fica fácil compreender porque, no Acre, deverão ocorrer inundações preocupantes, neste verão, enquanto o rio Madeira não terá muito água originária da Bolívia, exceto do norte deste país, através do rio Madre de Dios e do rio Guaporé, em Rondônia e Mato Grosso. Os principais afluente do rio Madeira terão volume normal de água, segundo nossas conclusões.

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