Nível do rio Acre, em Rio Branco, voltará a subir. Troncos e galhos de árvores começarão a chegar nas próximas horas, podendo ficar acumulados nas colunas das pontes.

dez 28

BALSEIROS COMEÇARÃO A CHEGAR

O nível do rio Acre, em Rio Branco, após atingir a cota de 11,7m, na noite da última quarta-feira – 27/12/2017 -, baixou para 11,3m, às 15h desta quinta-feira. No entanto, nas próximas horas, começará a subir novamente, pois estará chegando a água das chuvas ocorridas no alto e médio cursos dos rios Acre, Xapuri e Rola.
As imagens de satélite mostram que boa quantidade de troncos e galhos de árvores, os chamados balseiros – centenas deles -, estão descendo na direção de Rio Branco, por onde começarão a passar a partir da noite desta quinta-feira – 28/12/2017 – e, principalmente, durante o dia seguinte, sexta-feira.
Caso não sejam tomadas medidas para evitar seu acúmulo, poderão ficar retidos pelas colunas das pontes da capital acreana, como tem ocorrido nos anos anteriores, por ocasião das cheias fluviais.

CHUVAS VÃO CONTINUAR

As condições atmosféricas atuais, segundo nossa análise, indicam que, pelo menos até o próximo dia 3 de janeiro de 2018, ocorrerão chuvas fortes e volumosas na maior parte do Acre, de Rondônia, do Amazonas, da Bolívia e do Peru, com acumulados significativos, que podem causar sérios transtornos à população, como rápida inundação de ruas, transbordamentos de córregos, queda de árvores e deslizamentos de terra.
Essas chuvas deverão fazer com que o nível do rio Acre e de outros da região subam ainda mais, podendo ocorrer transbordamento em vários pontos, logo nos primeiros dias do próximo mês.

POR QUE TANTA CHUVA?

Não há nada de anormal, mas não é tão comum a ocorrência de chuvas tão intensas na região. Faz parte do ciclo climático. Nada tem a ver com mudanças climáticas, como se tem ouvido e visto por aí. Não há culpados, muito menos os homens, por tais chuvas.
O problema é que a maioria não consulta os registros meteorológicos feitos desde o início do século passado, nem tampouco lê os relatos de escritores famosos e os divulgados pela imprensa da época. Neles, podemos, facilmente, constatar que tem sido sempre assim: épocas de extremos e épocas de pouca variação no comportamento da atmosfera. Tais pessoas que culpam o homem como sendo a causa de eventos atmosféricos extremos não estudam o passado do clima ou, então, conhecem os registros passados, mas os ignoram, como que para atender a interesses de organizações ou governos que não se preocupam com a verdade, mas em fixar uma falsa teoria, tantas vezes quantas forem necessárias, até que, aparentemente, pareça ser verdade. Entretanto, alguns agem desta forma por que não querem ter o trabalho de pesquisar ou não acreditam no seu próprio potencial para desvendar os mistérios da natureza.
No caso atual, as chuvas intensas, que estão ocorrendo – que foram previstas por nós com muita antecedência -, e que devem continuar a ocorrer nos próximos meses deste verão de 2018, têm duas origens básicas, e é devido a elas que nossa previsibilidade tem sido alta.
A primeira é que as águas do oceano Atlântico Norte, próximas ao litoral do Brasil, estão com temperatura um pouco acima da média, o que favorece uma evaporação mais acentuada, cuja umidade é trazida à Amazônia Ocidental pelos ventos que sopram daquela direção.
A segunda é por que está havendo um resfriamento na região da Antártida, que leva ao aumento da pressão atmosférica polar. Por causa desta pressão mais alta, estão ocorrendo penetrações de ar mais frio com maior frequência no Brasil, provocando as frentes frias. Estas frentes frias, ao se aproximarem do sul da Amazônia Ocidental, provocam a formação de nuvens muito carregadas, devido à elevada umidade do ar originária, como já explicamos, do Atlântico Norte.
O resultado não poderia ser outro que não muita chuva em toda a região. Outros fatores, menos significativos, também podem contribuir, mas as causas principais são estas, explicadas por nós.
Portanto, é bom que a população e as autoridades fiquem atentas, pois é alta a probabilidade de ocorrência de enchentes de proporções alarmantes neste verão.

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