Temporal que atingiu Porto Velho, Humaitá, Lábrea e Ariquemes provocou ventos de 83km/h. A população foi alertada algumas horas antes.
set 13
ALTA UMIDADE E CALOR PROVOCARAM O TEMPORAL
Na última terça-feira – 12/9/2017 -, O Tempo Aqui publicava, por volta das 11 horas da manhã, o ALERTA URGENTE de ocorrência de forte temporal, com ventos que poderiam passar de 80km/h, a atingir as cidades de Porto Velho, Ariquemes, Humaitá, Lábrea e proximidades.
Foi facilmente identificada por O Tempo Aqui, por volta das 9 horas da manhã deste dia, a rápida formação de nuvens tempestuosas que se desenvolviam no sudeste do Amazonas, cujo deslocamento era extremamente rápido na direção do norte e oeste de Rondônia, do leste do Acre e do sul do Amazonas.
Analisando atentamente a formação das nuvens tempestuosas, percebeu-se que poderiam ocorrer transtornos à população, quando, imediatamente, publicamos o ALERTA URGENTE.
A nuvem que se formou tinha mais de 12km de desenvolvimento vertical, cerca de 800km de comprimento noroeste-sudeste e em torno de 150km de largura.
A primeira cidade a sofrer com os fortes ventos foi Humaitá, no Amazonas, onde as rajadas registradas chegaram a 83km/h, por volta do meio-dia. Logo, em seguida, o temporal chegou a Porto Velho, com registros de rajadas iniciais de 55km/h e, logo em seguida, de 68km/h, no horário local compreendido entre 13 e 15 horas. A atividade elétrica foi intensa, com registro de milhares de raios na região formados nesta enorme nuvem que cobriu o céu de boa parte de Rondônia e do centro, sudeste e sul do Amazonas.
Na cidade rondoniense de Ariquemes, os ventos atingiram 70km/h e, em Lábrea, no Amazonas, alcançaram 52km/h.
A partir daí, os ventos começaram a perder força e chegaram ao leste do Acre e ao sul do Amazonas, com rajadas mais fracas. Na cidade amazonense de Boca do Acre, choveu muito e os ventos atingiram, por volta das 21 horas, velocidade de 37km/h.
Quanto à forma afunilada de uma nuvem que surgiu no céu de Porto Velho, nada mais foi do que o fenômeno atmosférico causado pela rápida condensação da umidade do ar, como consequência da brusca descida dos ventos frios e fortes de altitudes mais elevadas. Neste turbilhão atmosférico, a nuvem em forma de funil formou-se rapidamente.
Tal fenômeno ocorre geralmente sobre superfícies de água, que, no caso de Rondônia, provavelmente, devido ao rio Madeira. Tais fenômenos também foram registrados recentemente sobre o rio Tapajós, em Santarém, e sobre a baía de Guajará, em Belém, onde desemboca o rio Tocantins.
É bom ressaltar que o temporal ocorrido em Porto Velho não tem nenhuma ligação com os recentes furacões do Caribe.
MAIS TEMPORAIS
As condições atmosféricas vão continuar favoráveis à ocorrência de novos temporais, durante este mês de setembro e o próximo, outubro, devido à transição entre o inverno seco e o verão úmido.
Neste meio termo – que é a primavera – os pulsos úmidos do Atlântico – os PUA – começam a se intensificar na região e, associados à ascensão do ar quente que se forma sobre a superfície, provocam chuvas fortes, raios e ventanias.
O Tempo Aqui, sempre que identificar a formação de novos temporais, publicará o alerta para o Acre, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Bolívia e Peru, no sentido de que a população possa evitar maiores transtornos.
É bom lembrar que nem sempre é possível identificar e alertar sobre a ocorrência de tempo severo, pois, às vezes, tais fenômenos meteorológicos surgem muito rapidamente. No entanto, sempre estaremos publicando os alertas gerais, quando as condições atmosféricas estivem favoráveis à ocorrência de temporais.
É melhor alertar para o pior e esperar o melhor do que informar o melhor e acontecer o pior.