Massa de ar frio polar chega e provoca a primeira queda de temperatura, em agosto, no Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás e sul do Amazonas. Umidade do ar cai ainda mais.
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MAIS FRIO POLAR NA AMAZÔNIA E NO CENTRO-OESTE
Não será forte como a última onda de frio, quando o Acre registrou 7,6ºC no dia 19 de julho, estabelecendo recorde de frio de 2017 e dos últimos anos, mas a temperatura diminuirá sensivelmente a partir da próxima quinta-feira, dia 3 de agosto. A onda de frio polar que avança rapidamente na direção do Brasil, no entanto, será forte para o sul do país, onde as temperaturas vão despencar novamente.
No Acre, em Rondônia e no sul do Amazonas, a frente fria chega com muito vento, logo pela manhã, diminuindo o calor diurno. Assim, a próxima quinta-feira será um dia com ventos intensos, fortes rajadas da direção sudeste e temperatura agradável, mesmo que o Sol apareça, sendo que a máxima deve ficar abaixo de 28ºC, no leste e sul do Acre e no sul e oeste de Rondônia. À noite, porém, o frio moderado será sentido pela população. Ao amanhecer de sexta-feira, os termômetros estarão marcando, dependendo da cidade, entre 13 e 16ºC, em Rio Branco, Brasileia, Guajará-Mirim, Costa Marques, Vilhena e Boca do Acre.
A queda um pouco mais acentuada da temperatura ocorrerá no sul e sudoeste de Mato Grosso e no sul e sudoeste de Goiás, com mínimas que devem oscilar entre 9 e 14ºC, dependendo da cidade.
O ar polar também diminuirá a temperatura nas planícies da Bolívia e do sudeste do Peru.
POSSIBILIDADE DE CHUVA RÁPIDA
A aproximação e a chegada dessa frente fria podem provocar chuvas rápidas, mas pontuais, no Acre e no sul e sudoeste do Amazonas, além das planícies da Bolívia e do leste e sudeste do Peru, não se descartando a possibilidade de chuvas fortes, com raios e ventanias, em algumas áreas.
A enorme massa de ar seco que está na região impede a penetração de umidade do Atlântico e, portanto, não deve chover em Rondônia nem em Mato Grosso e Goiás.
UMIDADE DO AR FICA AINDA MAIS BAIXA
A chegada dessa onda de firo será sucedida pela penetração de ventos secos polares que farão a umidade relativa do ar cair ainda mais na próxima semana no Acre, em Rondônia, em Goiás, no Distrito Federal e na maior parte do Amazonas, além das planícies da Bolívia e do Peru.
Assim, nossas estimativas são de que a média de umidade do ar mínima, que ocorre durante a tarde, oscile entre 20 e 40%, nos próximos dias, na maior parte da Amazônia sul-ocidental e do Centro-Oeste brasileiro. Em muitas áreas, no entanto, ocorrerão valores inferiores a 20%, o que levará ao estado de alerta para a saúde das pessoas.
Acompanhe nossas atualizações sobre esta nova onda de frio e saiba como ficará o tempo nos próximos dias.
Infelizmente, pois o tempo vai ficar mais seco e consequentemente ficar mais quente igual depois da última massa de ar polar.
Sim, Henrique. As pessoas querem muito que o frio atinja a Amazônia, mas se esquecem que é devido às friagens que o tempo, logo depois, fica seco, com dias muito quentes e ensolarados, durante semanas seguidas. Se não ocorressem ondas de frio polar, as chuvas aconteceriam com mais frequência, o ar não ficaria seco e as temperaturas não subiriam muito.
Será ainda nesse mês de agosto a chegada dos temporais ?
Olá, Lucas. É provável que no fim de agosto a incursão de pulsos úmidos do Atlântico e o calor da região possam criar condições favoráveis à ocorrência dos primeiros temporais, com chuva forte, raios e ventanias. No entanto, este mês de agosto de 2017 está mais calmo do que o mês de agosto de 2013, quando ocorreram fortes temporais, com ventos que passaram de 100km/h, causando transtornos e prejuízos à população de Rio Branco.