Janeiro é verão e característico das chuvas intensas. Conheça o clima e as tendências do tempo para este mês de 2017.

jan 02

11h 30min

CLIMA EM JANEIRO E TENDÊNCIA DO TEMPO PARA ESTE MÊS DE 2017

CHOVE ABUNDANTEMENTE NO ACRE, EM RONDÔNIA E NO AMAZONAS
Em janeiro, segundo mês do verão, as chuvas aumentam ainda mais, em relação ao mês anterior, no Acre, em Rondônia e na maior parte do Amazonas.
Chove muito, acima de 300mm, em Rondônia e no sul e sudeste do Amazonas, sendo que, no sul e sudeste rondoniense, a média é superior a 350mm, em algumas cidades. Nas demais áreas do Amazonas e do Acre, os valores médios variam entre 180mm e 300mm.
As chuvas, neste mês, são do tipo convectiva, ou seja, ocorrem devido ao calor do dia e à alta umidade do ar. Em janeiro, são intensificadas as massas de ar úmido, originárias do oceano Atlântico e trazidas para a Amazônia Ocidental por ventos de leste e, como consequência, as chuvas passam a ser mais frequentes e ocorrem a qualquer hora, principalmente, no final da tarde ou nas primeiras horas da noite. Geralmente, são chuvas passageiras e ocorrem a todo instante, mas que podem ser fortes e volumosas. Em um ou outro dia, podem ser mais duradouras, mas dificilmente superam 12 horas consecutivas e raramente chegam a permanecer por 18 horas ou mais. Nas capitais do Acre, de Rondônia e do Amazonas, em média, para cada 3 dias, chove em 2, neste mês.
Em Rio Branco, o aumento do volume de chuvas é de, aproximadamente, 10%, em relação ao mês anterior, sendo o mês de janeiro o de maior volume de chuvas do ano, com 287,5mm. Em Porto Velho, as chuvas aumentam cerca de 6%, passando de 332,5mm, em dezembro, para 346,8mm, em janeiro. Já, em Manaus, as chuvas aumentam de 216,9mm, no mês anterior, para 260,1mm, em janeiro, ou seja, um acréscimo de cerca de 20%.
Em janeiro, de um modo geral, chove, em média, no Acre, entre 250 e 300mm, enquanto, em Rondônia, as chuvas variam entre 300 e 350mm. Já, no Amazonas, chove menos de 150mm, no norte, e entre 350 e 400mm, no sudeste, sul, oeste e noroeste do estado. Nas demais áreas amazonenses, as chuvas ficam situadas entre 150 e 350mm.
Neste mês, o calor fica muito abafado devido à elevada umidade do ar, mas a temperatura não sobe exageradamente por causa do excesso de cobertura de nuvens e das chuvas frequentes.
Os ventos predominantes, no Acre, em Rondônia e no sudeste, sul e sudoeste do Amazonas são os do norte, com variações de noroeste e de nordeste. Já, nas demais áreas amazonenses, inclusive, em Manaus, os ventos mais comuns, neste mês, sopram da direção nordeste, com variações de leste e do norte, trazendo muita umidade do oceano Atlântico, mas que, no Acre e proximidades, esses ventos mudam de direção e passam a soprar na direção do centro-sul da América do Sul.
As menores temperaturas noturnas são registradas no leste e sul do Acre e no sul de Rondônia, com mínimas médias em torno de 22,0ºC, mas com extremos registrados entre 14 e 24ºC. Já, as temperaturas diurnas máximas giram entre 30 e 31ºC, tanto em Rio Branco como em Porto Velho e em Manaus.

MÉDIAS E EXTREMOS DE JANEIRO

RIO BRANCO
Mínima média: 22,3ºC (0,1ºC a mais do que no mês anterior).
Menor temperatura registrada: 14,2ºC, em 1990, no dia 19.
Máxima média: 30,9ºC (0,3ºC a menos do que no mês anterior).
Maior temperatura registrada: 35,2ºC, em 1980, no dia 28.
Chuva média: 287,5mm (no mês anterior é 263,5mm).
Número médio de dias com chuva: 21 (no mês anterior é 19).
Chuva máxima registrada em 24 horas: 118,2mm, em 1974, no dia 16.

PORTO VELHO
Mínima média: 21,7ºC (0,3ºC a menor do que no mês anterior).
Menor temperatura registrada: 15,4ºC, em 1979, no dia 9.
Máxima média: 30,3ºC (0,4ºC a menos do que no mês anterior).
Maior temperatura registrada: 35,2ºC, em 1983, no dia 31.
Chuva média: 346,8mm (no mês anterior é 332,5mm).
Número médio de dias com chuva: 19 (no mês anterior é 18).
Chuva máxima registrada em 24 horas: 148,1mm, em 1990, no dia 5.

MANAUS
Mínima média: 23,1ºC (0,4ºC a menor do que no mês anterior).
Menor temperatura registrada: 18,5ºC, em 1987, no dia primeiro.
Máxima média: 30,5ºC (0,8ºC a menos do que no mês anterior).
Maior temperatura registrada: 35,4ºC, em 1983, no dia 28.
Chuva média: 260,1mm (no mês anterior é 216,9mm).
Número médio de dias com chuva: 21 (no mês anterior e18).
Chuva máxima registrada em 24 horas: 115,0mm, em 1981, no dia 15.

CRUZEIRO DO SUL
Chuva média: 260mm (no mês anterior é 240mm).

TARAUACÁ
Chuva média: 280mm (no mês anterior é 245mm).

BRASILEIA
Chuva média: 290mm (no mês anterior é 250mm).

VILHENA
Chuva média: 350mm (igual ao mês anterior).

DISTRIBUIÇÃO DE CHUVAS PELO BRASIL EM JANEIRO
Onde chove mais (acima de 250mm):
– Acre;
– Amazonas (exceto o norte);
– Pará (exceto o norte, noroeste e o sudeste);
– Rondônia;
– Mato Grosso;
– Goiás (exceto o sul, o sudoeste e as proximidades do Distrito Federal);
– Tocantins;
– Minas Gerais (sul e extremo oeste).
Onde chove menos (abaixo de 40mm):
– Roraima (norte e nordeste, nas fronteiras com a Venezuela e com a Guiana).
Chove entre 40 e 100mm:
– Roraima (centro, leste noroeste);
– Ceará (exceto o extremo sul e o norte);
– Rio Grande do Norte;
– Paraíba (exceto o extremo oeste);
– Pernambuco (exceto a região de divisa com o Ceará e o extremo sul do litoral);
– Alagoas;
– Sergipe;
– Bahia (norte).
Nas demais áreas do país, o volume médio de chuvas de janeiro fica numa faixa compreendida entre 100 e 250mm.

TENDÊNCIA DO TEMPO PARA JANEIRO DE 2017
Segundo nossa análise e considerando a situação atual da atmosfera em toda a América do Sul e na Antártida e, também, das águas dos oceanos Atlântico e Pacífico, este mês de janeiro de 2017 será com tempo aproximadamente dentro da média climatológica, no que se refere à temperatura, no Acre, em Rondônia e no Amazonas.
As chuvas, no entanto, deverão acumular valores acima da média para o mês, tendo em vista que serão mais frequentes e intensas as incursões de pulsos úmidos do Atlântico. É alta a probabilidade de que ocorram chuvas muito acima da média, em vários pontos, não só do Acre, do Amazonas e de Rondônia, mas também, da Bolívia e do Peru, o que aumenta a probabilidade de transbordamentos de rios e inundações de várias áreas ribeirinhas. É bom lembrar que quase toda a água da chuva da Bolívia e do Peru corre para o Brasil, principalmente, na direção do rio Madeira, em Rondônia, e do rio Solimões, no Amazonas. Uma parcela menor corre para os rios Purus e Juruá, no Acre.
A probabilidade de ocorrência de temporais, com muitos raios e ventanias, é baixa, neste mês do ano, e, quando ocorrem, ficam restritos a pontos isolados. No entanto, são comuns chuvas fortes e volumosas.

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