Chuvas de julho de 2016 superaram, num único dia, até 77% da média climatológica no Acre. Não há motivos para pânico com relação à seca severa.
jul 07
9h 30min
CHUVAS INTENSAS CAÍRAM NO ACRE
As chuvas fortes e torrenciais que caíram ontem, 6 de julho, no Acre, já superaram em 77% a média histórica para o mês em algumas áreas.
A aproximação e a chegada de uma frente fria provocaram chuvas fortes e torrenciais, acompanhadas de raios e ventanias, em vários pontos do estado. Choveu, de forma passageira, em todos os municípios do estado.
Os maiores volumes ocorreram no alto curso dos rios Acre, Iaco, Purus, Envira e Tarauacá. Na cidade de Jordão, choveu 61,8mm, em menos de 3 horas, superando em 77% a média climatológica para a região que é de 35mm. Em Brasileia, foram registrados 17,4mm, o que equivale a 46% do total do mês.
A capital acreana não ficou de fora, pois foram registrados 10,5mm, em menos de 1 hora, o equivalente a 25% da média de julho, somente nestes 6 primeiros dias do mês.
Como O Tempo Aqui tem anunciado, com frequência, as chuvas ficarão aproximadamente, dentro da média, neste inverno acreano. Em algumas áreas, poderá chover menos, mas, em outras muito acima da média, como aconteceu ontem na região do alto curso de vários rios, onde já choveu quase o dobro do esperado para todo o mês.
A causa dessas chuvas são as frequentes ondas de frio polar e os pulsos úmidos do Atlântico que provocam nuvens carregadas na região.
O nível do rio Acre está baixo devido a menor quantidade de chuvas ocorridas nos meses do verão, deixando a água subterrânea abaixo da média para aquela estação do ano.
É bom lembrar que a seca, nesta época do ano, é normal, no Acre, pois os meses de junho, julho e agosto têm média pluviométrica mensal, na cidade de Rio Branco, de, apenas, 41mm.
MAIS CHUVAS SÃO ESPERADAS
As condições atmosféricas e oceânicas atuais continuam indicando que mais chuvas ocorrerão durante este mês de julho, pois mais umidade virá do Atlântico e mais frentes frias atingirão o estado, inclusive, com intensa queda na temperatura.
O nível do rio Acre e de muitos outros, poderão estabilizar e, possivelmente, até aumentar neste inverno.
No entanto, mesmo que isso não aconteça, mas, pelo contrário, baixarem, não atingirão valores tão baixos como se tem comentado.
Outro aspecto a ser lembrado é que a umidade do ar, até o momento, sequer atingiu valores críticos, tal qual ocorreu em anos anteriores, como, por exemplo, na maior seca dos últimos 30 anos, ocorrida em 2005, quando foram registrados valores inferiores a 25%, durante semanas seguidas. As chuvas, naquele ano, simplesmente haviam cessado por cerca de três meses consecutivos.
Neste ano de 2016, a menor umidade relativa do ar, até agora, ficou acima de 35%, e, mesmo assim, apenas, em alguns poucos municípios do Acre.
Portanto, não há motivos de pânico, pois o tempo atmosférico está dentro da normalidade para esta época.
Dizer que está ocorrendo mudança climática é querer, na expressão popular, “colocar chifre em cabeça de cavalo”. Muito menos que tal hipotética mudança é provocada pelo homem, pois essas variações são temporárias e obedecem a ciclos que dependem, praticamente, só da atividade do Sol, que é o comandante do nosso clima e nada se pode fazer para mudar seu comportamento.
É muito simples: é só verificar os dados registrados nos últimos 50 anos e ouvir pessoas mais idosas, as quais comentam que tudo isso, e muito pior, já ocorreu no nosso estado.