Chuva de meteoros, na noite desta segunda-feira. O acreano poderá presenciar dezenas de meteoros brilhantes cruzando o céu durante esta noite.
maio 05
13h 10min
A noite desta segunda-feira, dia 5 de maio, será com chuva de meteoros, nos céus do Acre e de todo o Brasil. Logo após a meia-noite e meia, você poderá ver, em média, 15 meteoros por hora, na cidade, onde as luzes dificultam a visão. Porém, se puder ir para um local bem escuro, afastado da cidade, esse número poderá superar os 200 em, apenas, uma hora de observação.
É um fenômeno sempre bonito de ver, e as circunstâncias são muito boas hoje — contanto que não haja nuvens. Com a Lua na fase crescente, as condições de observação serão bastante favoráveis.
O QUE SÃO
Os meteoros são pedaços de outros astros que,vagando pelo espaço, ao se chocarem com a atmosfera da Terra e devido ao atrito com o ar, eles se incendeiam e emitem um rastro de luz brilhante. Alguns deles, os maiores, podem até se chocar com a superfície terrestre procuzindo crateras e estrondos que podem ser ouvidos a quilômetros de distância.
COMO OBSERVAR
Para ver a chuva de meteoros, não tem muito mistério. Trata-se do fenômeno astronômico mais democrático que tem. O único jeito bacana de observar é a olho nu. Binóculos, lunetas e telescópios só atrapalham.
O que mais se precisa, na verdade, é de paciência e pouco sono. Encontre um local onde se possa ter uma boa visão do céu e olhe na direção da constelação de Aquário. Para encontrá-la, olhe para o leste (onde o Sol nasce), a partir das 2h30 da manhã. Quanto mais tarde, mais Aquário sobe no céu, facilitando a observação. Pouco antes do amanhecer, ele vai estar quase no zênite (o “topo” da abóbada celeste).
A razão para olhar para a constelação de Aquário é que é lá que está o chamado radiante da chuva de meteoros — o que significa que eles parecem emanar todos daquela direção. Mas a verdade é que eles podem aparecer em qualquer parte do céu.
A previsão teórica é a de 200 meteoros por hora, o que é um número bem bacana, mas não ache que vai ver todos eles. Essa é a taxa horária zenital, com excelentes condições. Quando você leva em conta coisas como poluição luminosa, campo de visão e nível de atenção, o número cai bastante. É preciso observar pelo menos por uma hora para pegar um número razoável de estrelas cadentes. Visíveis mesmo, devemos ter por volta de 10 a 20 por hora.
Nada contra ver acidentalmente uma estrela cadente e fazer um desejo. Mas a experiência ganha outro sabor quando você olha para essa mesma estrela cadente e sabe que se trata de uma partícula do cometa Halley — um pedacinho de gelo sujo formado na mesma época em que o Sol e seus planetas nasceram — queimando na atmosfera terrestre a estonteantes 237 mil km/h.
Uma das belezas da ciência é a revelação de pequenas histórias como essa, que transformam fenômenos naturais, aparentemente aleatórios, em momentos que forjam uma fascinante conexão entre a consciência humana e os mistérios do cosmos.