A verdade sobre as enchentes em Rondônia, na Bolívia e no Peru. As represas de Jirau e de Santo Antônio nada têm a ver com as inundações, nos países vizinhos e nem, em Porto Velho e Guajará-Mirim. A causa é natural e foi prevista e anunciada, com muita antecedência. Saiba mais.
fev 25
14h 15min
Nada do que está acontecendo, em Rondônia, na Bolívia e no Peru, foi surpresa.
Com muita antecedência, o suficiente para que se tomassem as devidas providências para amenizar os transtornos, previmos e anunciamos que chuvas intensas causariam enchentes sem precedentes, nos últimos 60 anos, no Acre, em Rondônia, no Amazonas, no Peru e na Bolívia.
A causa é o ciclo climático natural pelo qual passa a Terrra. Em todo o planeta, estão ocorrendo inundações e frios intensos que não ocorriam há mais de 50 anos.
Só para citar alguns exemplos, Brasileia, Manaus, Angra dos Reis, Espírito Santo, leste de Minas Gerais, cidades das encostas da serra do Mar, em São Paulo, Londres, Jerusalém, Moçambique e Austrália tiveram inundações históricas, neste três últimos anos, comparadas, somente às ocorridas há, aproximadamente, 60 anos.
No entanto, assim que começou a chover intensamente, no Peru e na Bolívia, demos o alerta urgente, cerca de 15 dias antes, de que esses países e as cidades de Porto Velho, Guajará-Mirim e Humaitá teriam as maiores enchentes de que se tem notícia e de que ocorreriam sérios transtornos à população atingida pelo tempo severo.
Da mesma forma, continuamos alertando que Rio Branco terá a maior alagação desde as décadas de 1940 e 1950. Nessa época as águas do rio Acre, aproximaram-se das escadarias do palácio Rio Branco, conforme comprovado através de fotografias da época e de dezenas de relatos de moradores antigos que lembram o ocorrido.
No caso de Rio Branco, não podemos afirmar o ano em que ocorrerá, mas sabemos que é iminente uma alagação jamais vista por quem tem menos de 65 anos de idade.
Para a capital do Acre, a antecedência para avisos de alagações é de, apenas, quatro ou, no máximo, cinco dias. No caso de Porto Velho, essa antecedência de alerta é de, aproximadamente, entre 10 e 15 dias, dependendo do local exato da maior quantidade de chuvas.
Outra verdade é que o que está ocorrendo, na Bolívia, nada tem a ver com as represas das hidroelétricas de Jirau e de Santo Antônio, pois a diferença de altitude entre o nível máximo das águas represadas e o nível das margens dos rios bolivianos é, em média, 70 metros.
Tomando como exemplo a cidade boliviana de Trinidad, capital de Beni, no meio da planície, o nível médio do rio que passa por ela está cerca de 90 metros acima do nível máximo da represa brasileira mais próxima da fronteira. Outra prova é a grande correnteza das águas dos rios da Bolívia e do Peru, em direção a Rondônia. Caso houvesse represamento, não haveria correnteza.
Portanto, não tem um mínimo de sentido dizer que o Brasil é culpado pelo que, infelizmente, está ocorrendo nos paises vizinhos. A causa é natural e tinha sido prevista e anunciada.
Outro erro é afirmar que o gelo dos Andes está derretendo e ajudando nos transbordamentos. A participação do gelo andino é muito pequena, em torno de, apenas, 1%, no volume desses rios. A causa significativa são as chuvas intensas que caíram e estão caindo, na bacia hidrográfica do rio Madeira. Mesmo assim, a participação das chuvas, nos Andes, é de, aproximadamente, 18% do total irrigado da sua bacia, acima de Porto Velho.
Assim, antes de se falar sobre um determinado assunto, é preciso pesquisar e aprender sobre aquilo que se deseja anunciar.
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