Chuvas intensas, possibilidade de temporais e leve queda da temperatura neste fim de semana
mar 08
ALERTA DE TEMPORAIS
Neste fim de semana, as condições atmosféricas estarão altamente favoráveis à ocorrência de tempo severo, com chuvas fortes, raios, ventanias e queda pontual de granizo, em vários pontos do Acre, de Rondônia, do sul e oeste de Mato Grosso, do sul e oeste do Amazonas, da Bolívia e da região de selva do Peru.
As causas desse mau tempo, com possibilidade de temporais, são a aproximação e chegada de uma frente fria – que não é frio nem friagem -, a elevada umidade do ar que está na região e o calor típico do verão.
No leste e no sul do Acre, a frente fria – a quinta deste ano – chega no domingo (10/3/2019), logo nas primeiras horas do dia, com ventos da direção sudeste, causando chuvas intensas, que começarão na noite de sábado.
Ainda não será desta vez que ocorrerá a primeira friagem do ano. A incursão de ar polar será fraca, mas diminuirá sensivelmente, no domingo e na segunda-feira, o calor em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do Acre. Com menor intensidade, a frente fria também chegará ao oeste do Acre, ao sul e oeste de Rondônia, à região do Pantanal de Mato Grosso e à região de selva do Peru. Já, na região de planície da Bolívia (centro, sul e leste), a frente fria será sucedida pela incursão de ar frio polar um pouco mais intenso, principalmente, no sul do país vizinho.
Em Goiás e no Distrito Federal, ocorrerão chuvas fortes, com possibilidade de temporais no domingo e na segunda-feira.
DOMINGO CHUVOSO E FECHADO
Neste domingo, o tempo será fechado e chuvoso, com ventos de sudeste, deixando a temperatura amena, principalmente no centro, no leste e no sul do Acre, onde estão, entre outras, as cidades de Rio Branco, Brasileia, Assis Brasil, Sena Madureira e Feijó, assim como em parte de Rondônia, do sul do Amazonas, do sul e oeste de Mato Grosso e das planícies do norte e leste da Bolívia e do sul e sudeste da região de selva do Peru.
As chuvas, no entanto, vão continuar a ocorrer diariamente, pelo menos até o próximo dia 16 de março. Em algumas áreas ocorrerão chuvas fortes, com possibilidade de temporais.
NÍVEL E TENDÊNCIA DOS RIOS
Os principais rios do Acre poderão ter subida rápida nos próximos dias, tendo em vista as chuvas intensas que deverão ocorrer. Quanto ao rio Madeira, em Rondônia, como O Tempo Aqui vem informando desde o fim do ano passado, não há perigo de inundação alarmante, como a de 2014, quando a BR-364 ficou inundada, pois o volume de chuvas em território boliviano está muito abaixo do ocorrido naquele ano.
Confira o nível e a tendência dos principais rios do Acre, segundo o registro numérico da Agência Nacional de Águas, às 15h desta sexta-feira (8/3/2019), e nossa análise para os próximos dias:
- em Rio Branco, o nível do rio Acre era 10,7m, baixando, mas deverá voltar a subir nas próximas horas, sem motivos para preocupações alarmantes;
- em Cruzeiro do Sul, o nível do rio Juruá era 11,8m, subindo rapidamente e já passando da cota de alerta, mais uma vez neste verão;
- em Sena Madureira, o nível do rio Iaco era 9,7m, estável, mas poderá voltar a subir nos próximos dias.
Acompanhe nossas atualizações diárias e a qualquer momento para ficar melhor informado sobre o tempo e a tendência dos principais rios da região.
Se você acha que não há risco de inundação do Rio Madeira então sugiro que faça uma visita a Porto Velho.
Não está sendo como 2014, mas as proporções estão próximas, principalmente às áreas inundadas, a BR 319 e aos milhares de desabrigados e desalojados que já estão ocorrendo. Só quem mora em Porto Velho sabe.
Olá, João Carlos! Muito obrigado pela participação. Nossa análise refere-se tão somente à BR-364, que liga o Acre a Rondônia, onde não há perigo de inundação da estrada, como consequência de enchente do rio Madeira, pois as chuvas que estão ocorrendo na Bolívia são muito inferiores às registradas em 2014. É em relação a esta parte de Rondônia que nos referimos na publicação. Não há motivos para preocupações em relação ao Acre. Não informamos nada a respeito da inundação de Porto Velho, pois ali, o problema não é de ordem natural, mas de abertura da vazão das hidroelétricas que estão à montante, ou seja, o nível do rio Madeira é regulado pelas comportas controladas pelas empresas de energia elétrica. Assim, pelas condições atmosféricas, em relação à BR-364, está longe de parecer com a enchente de 2014. Um abraço.